2017-10-10

Profissional só deve conversar sobre seu futuro se este for convergente com os rumos da empresa - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 10/10/2017, com um ouvinte que está empregado em uma grande empresa, mas que deverá assumir a empresa de seu pai nos próximos anos.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Profissional só deve conversar sobre seu futuro se este for convergente com os rumos da empresa

conversando com o chefe

Um ouvinte escreve: "Meu pai é proprietário de uma empresa. Há alguns anos, ele e eu chegamos a um consenso de que algum dia eu assumiria o negócio da família e que enquanto isso não acontecesse, eu desenvolveria uma carreira como empregado em outras empresas. Neste momento estou bem empregado em uma instituição de porte, mas meu pai já me acenou para voltar.

Para isso, seria necessário que eu cursasse uma nova faculdade, já que a minha experiência e formação nada tem a ver com o ramo da empresa do meu pai. Sei que começar a fazer um curso diferente irá despertar suspeitas em minha atual empresa. E a minha dúvida é: devo deixar claro, aos atuais empregadores, que deverei assumir o negócio de minha família dentro de um par de anos?"


Não! Primeiro, porque você não sabe o que poderá acontecer nesses próximos anos. E segundo, porque um profissional somente deve conversar sobre o seu futuro com a empresa em que trabalha, se esse futuro for convergente com as necessidades da empresa.

Avisar por avisar somente faria com que você deixasse de ser considerado como um profissional com o qual a empresa poderia contar. Num caso extremo, você até poderia vir a ser substituído por alguém que entrasse com vontade de ficar e progredir.

Eu sugiro então que você não mencione a ninguém o novo curso. E que continue sendo um funcionário exemplar até o seu último dia na empresa, seja ele quando for.

Max Gehringer, para CBN.


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